Na raquete humilde e transparente
Que utilizo, em modesta dimensão
Nesses jogos, nunca fico indiferente
Se por maldade, se repete humilhação
Sem dons sagrados, mas julgo que sou gente
Com sentimentos e direito à indignação
Nas raquetadas que em cadência frequente
Sempre com bolas, carregadas de maldição
Não comprendo tão grande o desespero
A fomentar, tanto ódio e maldizer
Sou monstro, tão mau, que ouvir não quero
Tanta afronta, tão dificil de esquecer
Será que por não ter dom, eu não mereço
O silêncio, ou mesmo o esquecimento
Sou condenado, num sumário sem recurso
Nessa setença, que é sagrada e não tem preço
Oriunda das Santas leis, do Firmamento
Por ousadia, na invasão de outro percurso ???