Neste palco canto a solo
Desafios nunca aceito
Não pretendo andar ao colo
Pra "crescer", falta-me geito
Já me sinto estilhaçado
Depois de tanta pedrada
Já em cacos transformado
Ao juntá-los, dou em nada
Eu não resisto a remendos
Sem conserto, sou farrapo
Depois de cortes tremendos
Fiquei reduzido a trapo
Um guerrilheiro desarmado
Numa guerra sem quartel
Fica pra sempre humilhado
Ou não cumpre o seu papel
Aos olhos de um vencedor
Seus instintos alimenta
Isto é um parto com dor
Só sofre quem o sustenta
Em paz eu não acredito
Depois de uma guerra santa
Falam baixinho, ouço grito
A desconfiança é já tanta
Mas, por aqui vou ficar
Até quando, nem eu sei
Com promessa de voltar
De controvérsias,... cansei !
j/severino