Maio 26 2010

Por vezes na escuridão

E no silêncio da Ria

Invade-me a solidão

Deixa-me a alma vazia

 

Sou um pouco, como o vento

Quando abandono a Jangada

Tripulando o pensameno

Sempre sem hora marcada

 

Muitas vezes para  Norte

Quase sempre contra o vento

Carregando, um pouco à sorte

As saudades que sustento

 

Por vezes ocupo o espaço

Sem primeiro, bater à porta

Por vezes em hora morta

Por abuso,... nunca o faço

 

Apenas por amizade

Que a vida assim partilhada

É tarefa aliviada

Pra quem vive de saudade

 

É por isso que aqui expresso

De perdão, o meu pedido

Onde não houve intenção

 

Castigo que não mereço

só por um mal entendido

lhe assistiria razão !

 

 

Ao/as amigo/as aquele abraço!... e obrigado pelo convivio !

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por severino às 10:23

Maio 24 2010

Se fosse Caravanista riscava Tavira dos meus roteiros!.

Na presidência de Macário Correia/PSD, eram às centenas por tudo o que era espaço aberto na cidade e era corrente ouvirem-se vozes contra esta situação. Mas diziam que no concelho não havia nenhum parque de campismo para caravanas e deixaram andar.

A Presidência da Câmara nas últimas eleições, virou PS e acabou-se a festa. Caravanas em Tavira? Tá quieto,...passou-se do 8 ao 80!

Chegaram ao ridiculo de proibirem o trânsito de Caravanas em estradas no acesso ao Mar,nomeadamente na estrada para as Quatro Águas e no acesso ao Arraial Ferreira Neto. Proibiram também e entrada nos espaçosos parques da Praça Nova, ainda que por tempo limitado.

 

Uma vergonha!!!

publicado por severino às 22:13

Maio 22 2010

Passados alguns dias, os sentimentos amorosos que me encheram a alma de fantasia e saudade, ao longo do tempo,  transformaram-se em sublime sentimento de amizade,que poderia descrever como, duas faixas de um só caminho que se separaram  no percurso da vida, encontrando-se próximo do final, num  amplo largo e num longo abraço apaixonado.

 Sem nenhuma desilusão, valeu a pena ter sido Ela a protagonista dos meus sonhos, porque ao encontrá-la tão autêntica, que apesar dos muitos anos passadas,  conserva a mesma beleza  e a mesma imagem gaiata, simples e misteriosa, com a qual me enredou no inicio da nossa adolescência.

Quem diria que tanto sofrimento e tanta saudade do meu imaginário, se iriam transformar em alegria, consolidada por uma amizade compartida, sagrada, que me voltou a abrir as portas da vida,  com mais luz e côr.

Chego-me a sentir frágil, perante a sua segurança, salpicada de tanta humildade e inteligência, que me submete a um dominio voluntário, conhecendo o seu espírito de bondade que sempre cultivou.

Neste raciocìnio, quase sinto a vontade de soltar a criança que não  fui, recuperando Nela a segurança e o carinho, de uma mãe que perdi nos meus tempos de infância. 

Estou neste momento,a viver uma das mais agradáveis fases da minha vida, tenho guardadas recordações que por enquanto não vou aflorar para não acinzentar ou mesmo perder, esta oportunidade feliz,  talvez única na minha existência.

Mais cedo ou mais tarde, terei de lá voltar, mas por enquanto quero beber estas gotas de felicidade,tão raras e tão belas na minha história de vida.

publicado por severino às 09:14

Maio 18 2010

Ontem, viajei até aos confins do inicio da segunda década de anos da minha existência, encontrei o rosto do meu primeiro encantamento amoroso,

tomei conhecimento da sua história de vida.  Li-lhe no rosto o encanto do nosso encontro, um rosto apesar dos anos, irradia segurança e felicidade segura e conservando o seu ar quase tão juvenil  como outrora, que os seu cabelos brancos teimam em disfarçar.

Durante a noite quase não dormi,  relembrando as marcas amorosas que me tinha deixado quando nos separamos, imaginei todo o seu percurso de vida, admirando-a pela bondade e inteligência que parece irradiar do seu rosto.

Adormeci, já madrugada.

Acordei tarde, já meia manhâ, meio baralhado de sentimentos,que durante a longa noite me perturbaram a alma,com uma mistura de passado e presente,que me deixou meio aturdido.

Vou ter de me refazer desta ressaca, agora que a encontrei, vou contar com Ela como amiga, qual alma gêmea, que como parte de mim,  se encontrava ausente! 

 

 

publicado por severino às 22:49

Maio 17 2010

Lembro-A, desde os meus 10 anos, penúltimo ano do nosso  ensino primário ; Ela algarvia de nascimento,vivia com os seus pais, próximo da minha aldeia e da minha idade,  era companheira de turma, enlouquceu-me de tal maneira que me marcou para sempre.

No último ano de escola, ainda que a timidez nos dominasse, nutriamos um pelo outro, algo muito especial, uma amizade que supunha nada mais valoroso existir que a sua presença.

Certo dia com os meus 13 anos, partiu com os seus pais rumo ao Algarve !...Lembro-me do meu desespero na despedida, choràmos ambos e os longos dias e meses foram de um sofrimento, que jamais esquecerei. Nesses tempos tudo era obra de vigilância apertada, por parte dos pais ,que não  nos admitiam esses sentimentos nessas idades, não nos permitindo a veleidade, de descrever numa carta de correio esses sentimentos. Temia que os seus bondosos pais, a repreedessem por alguma tentativa que fizesse nesse sentido.

Apesar de me ter instalado no algarve há algumas dezenas de anos, embora nunca a tivesse esquecido, hoje pela manhã ouve um milagre! ...passado mais de meio século encontrei-A!...Exitei...fiz-lhe algumas perguntas e confirmei...Era Ela !... o seu rosto...cansado, mas com um encanto que não foi gasto pelo tempo, pareceu-me ver quando sorriu pela primeira vez hoje, a  fisionomia dos seus 13 anos que ainda mantém e guardo.

Convidei-A para tomar um Café numa esplanada da  cidade, aceitou!  Conversámos como duas almas gémeas, sobre o passado até hoje.

 Perdeu o  marido há alguns anos, tem dois filhos casados e vive a felicidade dos netos que adora,...afirmou-me que também nunca me tinha esquecido.

O momento que hoje vivi, é  o culminar de uma saudade, com um sêlo branco na alma!

 

 

publicado por severino às 21:02

Maio 16 2010

Junto ao meu forte, ancorada na Ria, tenho uma Jangada onde a saudade me acompanha sempre que nela viajo.

Estas longas viagens, levam-me aos meus tempos de criança, aos braços da minha saudosa mãe, apertando-me contra o seu peito acolhedor,do meu pai sempre pronto a ajudar e nos proteger, sim porque éramos 4 irmãos e quando aos l4 anos Ela partiu para sempre, o mundo desabou sobre nós, deixando ao meu pai a tarefa de nos orientar nos caminhos da vida.

E este regresso ao passado que a torna pesada,com alguns lampejos de fogazes momentos felizes que se diluem numa vida de trabalho precoce,

aos 12 anos, terminado  o ensino primário, numa pequena aldeia, no Alentejo profundo.

Espero que possa fazer algumas viagens mais, e, não ocorra alguma intempérie que a meta no fundo.

 

 

 

publicado por severino às 21:08

mais sobre mim
Maio 2010
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
10
11
12
13
14
15

19
20
21

23
25
27
28
29

30
31


pesquisar
 
subscrever feeds
blogs SAPO