Agosto 24 2010

Encontrei-te junto ao mar

Ao sabor da maresia

Numa noite de luar

Num manto de fantasia

 

Esperei-te num tormento

Numa brisa quente ou fria

Em viagem como o vento

Sem rumo, em meré vazia

 

Com o mar como horizonte

Num belo luar de agosto

Vi reflectido o teu rosto

Em água da minha fonte

 

Tu és Sol em noite escura

Neste bréu da minha vida

És água nesta secura

Na chama da fé perdida

 

Neste tempo , um pouco tarde

Ainda bem que te guardei

Num amor que ainda arde

Nesta esperança que inventei

 

É dona da Natureza

Em tanta paz que irradia

na presença em seu redor

 

Põe no ar tanta beleza

Que transforma em simpatia

Da sua essência de amor

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por severino às 09:38

Agosto 19 2010

Finalmente a Ria Formosa, está catalogado ou escolhida como candidata às Sete Maravilhas. Vi uma pequena reportagem anteontem na SIC,  pequena amostra deste Paraiso, onde me dilicio na passagem dos meus dias em contacto com a natureza.  Pena é que esteja agora super cercada por tanto veraneante, que até as aves se mostram mais esquivas e desconfiadas

Na  época estival entre Setembro e Maio, as aves convivem com os humanos com um àvontade, tão pacifico e natural que muitas vezes se deslocam até junto de nós, pousando nos pequenos barcos, com o dono a pescar ou em movimento. As gaivotas quase nos vêm comer à mão.

Graças a Deus, que as indústrias no Algarve junto à Ria, com uma pequena excepção dos arredores de Olhão, não causaram muitos danos e o problema mais gravoso eram os esgotos que têm vindo nos últimos anos a ser atenuados com as estações de tratamento de águas residuais e residuos sólidos.

Consequentemente existe hoje uma consciêncialização das populações viradas para o ambiente, que muito contribui para uma melhoria, apesar pressão da época balnear com um excesso de frequência a bater records, ano após ano.

Para quem como eu, adora o mar, a Ria é uma ante-câmara, diria até a sua Sala de estar e repousar.

 

 

publicado por severino às 10:46

Agosto 08 2010

Hoje numa esplanada à beira mar,ao ler parte de um livro "As Mentiras que os Homens Contam" de Luis Fernando Ver!ssimo, reconheci-me num excerto que rezava assim:

 

À primeira namorada, mentíamos para preservar o nosso orgulho, certo?

-não, não, eu estava passando por acaso. Você acha que eu fico rondando a sua casa o dia inteiro, é?

Mas o que vocês pensariam se nós dissessemos: « Sim, sim, não posso ficar longe de você o dia inteiro, aqueles telefonemas que você atende e ninguém fala, sou eu! Vamos nos casar ! Eu sei que tenho só 12 anos e você tem 11, mas temos que nos casar, senão eu morro !»? Vocês se assustariam, claro. A Paixão nessa idade pode ser um sumidouro. Mentíamos para nos protegermos do sumidouro.

Outras namoradas outras mentiras.

-Eu só quero ver, juro. Não vou tocar

Vocês não queriam ser tocadas, mas ao mesmo tempo se decepcionavam se a gente nem tentasse. Nem desse a vocês a oportunidade de afastar a nossa mão, indignadas. Ou de descobrir como era tocada.

Namorar - pelo menos no meu tempo, a Renascença - era a uma lenta conquista de territórios hóstis, como a dos desbravadores do Novo Mundo. Avancàvamos no desconhecido, centímetro a centímetro, mentira a mentira.

 -Pode mas só até aqui

 -Está bem. Não passo daí.

 -Jura?

 -Juro.

 -Você passou! Você mentiu!

 -Me distraí !

  ´Dávamos a vocês todos os álibis, todas as oportunidades para dizer depois que tudo acontecera devido à nossa calhordice e não à vontade como vocês também sentiam. Não mentíamos a vocês, mentìamos por vocês. Os verdadeiros cavalheiros eram os que enganavam as mulheres.  Os calhordas diziam, abjetamente,  a verdade. Não faziam o que juravam que não iam fazer, transferindo toda a iniciativa a vocês.

    É ou não é?

    Mas isso tudo mudou, desgraçadamente bem quando eu deixei para trás as tentações do mundo e entrei para uma ordem (a dos monómagos). A revolução sexual, que um dia ainda vai ser comemorada como a Revolução Francesa, com a invenção da pilula anticoncepcional correspondendo à queda da Bastilha e o fim dos sutiãs,ao fim da monarquia - e o termo sans culotte, claro, adquirindo novo significado -, tornou o relacionamento entre homens e mulheres mais franco e desobrigou os homens de mentir para as mulheres para salvar a honra delas. Aliás,  dizem que a coisa virou de tal maneira que hoje a mentira mais comum dita pelos homens é « Esta noite não, querida, estou com dôr de cabeça».  Não sei. Mas continuamos mentindo a vocês para o bem de vocês. 

 

(Excerto do livro de Luis Fernando Verrissimo, "As Mentiras que os Homens Contam")

publicado por severino às 22:34

Agosto 02 2010

Como é meu hábito,costumo ouvir rádio, enquanto vou desfolhando no computador.  Hoje fiquei triste pela noticia da morte de um meu ìdolo do jornalismo.

No comentário e na escrita tinha-o como um homem sábio e equilibrado.  Notava ainda quando que em confronto de idéias com outros profissionais da sua área, o respeito e a amizade com que era tratado.

Fazia parte de um dos homens da imprensa, que mais gostava de ouvir e ler. Partiu cedo e deixou o jornalismo mais pobre.

Deixo aqui os meus sentidos Pésames à enlutada familia.

Ao Jornalista exemplar, que descanse em paz!.

publicado por severino às 10:05

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