Só relato aquilo que vejo
Porque franco sem rodeio
Sou cepa do Alentejo
E não deixo nada a meio
A verdade quando clara,
Assumida em precisão
Diz-se sempre cara a cara
Em obdiência à razão
Ser amigo do amigo
É esta a minha divisa
Por vezes sofro o castigo
Por ter doado a camisa
Nestes caminhos da vida
Todo o rumo está presente
Tenho esta forma atrevida
Dou-me todo a toda a gente
Tambem tenho desilusões
Se de amizade afastado
Sofro de morte em paixões
Nisso estou muito marcado.