Julho 10 2010

 

Neste meu porto ancorada

Com muito do meu passado

Tenho um arquivo sagrado

Num canto desta Jangada

 

Guardo nele as alegrias

Das boas recordações

Momentos de fantasias

Em dossiers de paixões

 

Tenho resmas de saudade

Cadernos de sentimentos

Atados com bons momentos

Em pastas de felicidade

 

Tenho em folha separada

Sonhos, por mim inventados

Em noites sem madrugada

Por insónias sustentados

 

                                    Tenho no porão da Jangada

                                     Fechado com sete pregos

                                     Um destino de nós cegos

                                     De uma meada empessada

 

                                      São parte da minha vida

                                      Com percurso em labirinto

                                      Das angústias que hoje sinto

                                      Desejo vê-la esquecida

         

                                      Tenho nas marés da Ria

                                       Com águas em movimento

                                       Que lavam dia após dia

                                       As mágoas do pensamento

 

                                     

                                     

                                     

 

                                     

                                     

 

                                     

                                     

 

                                         

 

                                     

                                     

 

  

 

 

 

 

 

 

publicado por severino às 22:58

Amigo Severino. Simplesmente lindo.
Desvendar um pouco dos segredos duma jangada ancorada,que é sua mas que nos recorda que as nossas ainda andam por vezes ao sabor da maré.
Um grande abraço.
rodrigando a 11 de Julho de 2010 às 01:46

Olá Adélia

Passo os dias junto ao Mar
Ao sabor da maresia
Por vezes a meditar
Acabo em Maré Vazia

Mas se fôr de Maré Cheia
Numa noite de Luar
O Mar esconde-me a Areia
Não me a deixa comtemplar

Assim, regresso à jangada
Onde tenho o meu castigo
Fico de Porta trancada
Aqui nada faz sentido

Um novo ano cheio das maiores Felicidades
Um Abraço amiga
J/severino
severino a 12 de Julho de 2010 às 09:44

Belo poema Severino, no porão de uma jangada ou numa cave bem fechada, todos temos sentimentos, numa cixa bem fechada.
Um abraço.
Bom Domingo.
M.Rosinda
Rosinda a 11 de Julho de 2010 às 08:19


M.Rosinda,
Amiga,

Em Jangadas de Saudade
Há vidas que por momentos
São résteas de Felicidade
Num Rosário de Tormentos

São o exemplo do mar
Nas marés bem reflectido
Maré Cheia, hora de Amar
Na Vazia...Amor perdido

É triste em Maré Vazia
Na vida que vai passando
Em noite escura e tão fria
De Inverno que está chegando

Feliz semana, que tudo corra pelo melhor

Um abraço
J/severino


severino a 12 de Julho de 2010 às 11:36

Tudo o que tens, tudo o que és e o que guardas, num poema que diz tanto e onde transparecem emoções de uma vida bem preenchida.
Como sempre fico surpreendida com os teus versos.
Boa semana
Beijos
Manu
Existe um Olhar a 11 de Julho de 2010 às 23:14

Esta forma de sentir
Está no livro da Saudade
Com botões por florir
Secaram na tenra idade

No Livro da Fantasia
Nos meus amores Virtuais
Tenho momentos de alegria
De um encanto sem iguais

Tenho no Porão da Jangada
Encerrados, sem perdâo
Restos de vida passada
Numa perpétua Prisão

Há noites pra meu castigo
Gritam por libertação
Soltos,para mim são um perigo
Não lhes posso dar razão

Semana rica
Um abraço amigo
J/severino






severino a 12 de Julho de 2010 às 12:36

Olá, amigo! Vim retribuir a sua vista e, tanto quanto pude constatar, partilhamos uma paixão que, em mim se está agora a "acender"; a redondilha maior. E tem uma fluência magnífica, Severino!
Se lhe aprouver dar uma espreitadela às minhas redondilhas, deixo-lhe o link http://asmontanhasqueosratosvaoparindo.blogs.sapo.pt/
Se preferir o soneto clássico em decassílabo heróico, esse publico-o no http://poetaporkedeusker.blogs.sapo.pt/

Abtraço poético!

Distinta Poetisa
Agradeço-lhe a ritribuição da visita, mas olhe que sou um seu visitante muito assiduo, nos dois blogs que refere.
Encontro-os cruzados com vários por onde passo e dai tê-los localizado.
Sabe, sou um "analfabeto" em termos técnicos no domínio dessa arte, não vou além de umas simples rimas que quase sempre faço por brincadeira e só!...Sinto-me muito pequenino quando vejo a profundidade maravilhosa,tão completa de sentido, em tudo o que escreve ; Sem ter essa capacidade de expressão,tenho o previlégio de absorver todo esse desfiar de sentimentos, de que tanto gosto e admiro.
Pode contar comigo como um seu leitor assíduo e desde já lhe agradeço todo o prazer que tenho desfrutado na leitura dos seus escritos.
Cordiais saudações
Um modesto admirador
J/severino

Deixa-me sem palavras, meu caro Severino... é estranho... tenho sempre a sensação de que as pessoas me estão a ler pela primeira vez, a não ser quando utilizam os nomes que já conheço. Mas fico muito feliz por poder dar momentos de agradável leitura a outro ser humano. Estou a falar muito sinceramente, acredite! Eu penso que sou muito desajeitada a fazer outras coisas e esta é a minha única forma de poder servir o meu próximo.
Abraço poético e muito obrigada pelas suas palavras.

Todos nós temos em nossas vida uma grande jangada,
Mas que por vezes fica toda molhada,
Por tanto vento e marés...

Tentamos remar adiante,
Mas é como se um elefante,
Pousasse a nossos pés...

Mas temos de avançar,
Por tão mal nos sentir,
Porque se para trás for olhar,
Aí nunca me irei divertir...


Está muito bom o seu poema,

Cumprimentos,

Rodrigo Silva
Rodrigo Silva a 6 de Agosto de 2010 às 22:09

Rodrigo

Tens a Jangada vazia
A minha está bem pesada
Tenho aqui muita arrelia
Desta longa caminhada

Tantoe sonhos encantados
Estão nas tuas fantasias
Vive-os com alegrias
Porque os meus estão arquivados

Se voltasse á tua idade
Elegia o teu caminho
Qual pássaro no seu raminho
Procurando a liberdade

Nas letras e conhecimento
Tens bom futuro pela frente
Deitas na terra a semente
Dos frutos do pensamento


Quero-te dizer que também já tenho feito comentários nos blogs dessa grande Senhora Rosa Silva, tua conterrânea.

Aquele abraço e força!
j/severino




severino a 8 de Agosto de 2010 às 13:23

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