Outubro 16 2010

 

Por vezes vou-me ausentando

Pra longe da minha Ria

Sem rumo, vou flutuando

Na Nave de Fantasia

 

Percorro de Sul a Norte

Nesta brisa de saudade

Deste meu destino à sorte

Resta-me esta liberdade

 

Neste meu porto de abrigo

Onde tenho o meu passado

Está na jangada arquivado

Esquece-lo não consigo

 

Por isso quando me ausento

Fica uma saudade à espera

Neste Cais de Solidão

 

Regresso com um lamento

Tendo à vista esta Quimera

Que me consome em Paixão

 

 

                        Bom Fim de Semana

                                                          J/severino

 

 

 

 

 

 

publicado por severino às 11:43

Meu querido Amigo
Na nossa idade já nos são permitidas as saudades sobretudo quando são boas.
Acredite que eu não tenho uma ria à minha espera apenas uma casa velha e um canteirinho neste momento com as roseiras e as hortenses já murchas.
Mas sempre que me ausento sabe-me tão bem voltar.
Por isso compreendo bem esse poema tão sentido.

Eu vou andando, neste momento sofrendo com a ressaca da falta dos medicamentos mas ainda bem que é assim.
Um grande abraço
rodrigando a 18 de Outubro de 2010 às 02:12

Oh minha amiga a essa hora da manhã e ainda a pé?...umas insónias é?
Eu também me mantenho no ar,pela noite dentro mas não vou além da uma da manhã !
É verdade que já lá vão uns aninhos, mas a amiga ainda está numa idade que relativamente a mim ainda é uma jovem.
Digo-lhe que mesmo assim ainda sou muito activo, tenho barco, e vou fazer pesca desportiva com muita frequência e nesses versos há muito de ficção. Quando solto o meu lado "dramatico teatral" dá-me para uns versitos.
Apesar de uma vida muito batalhada, não me posso queixar, tenho uma situação razoável.
Amiga mas as Roseiras e as hortenses estão no outono, tem é que prepará-las e cuidá-las até à Primavera.
Sobre a sua saude, cuide-se e muita esperança, quase todo o tratamento quer um esforço da nossa parte, um querer em que temos de acreditar, porque a amiga com a sua inteligência pode dominar essa grande capacidade que possuimos.
Faço votos para que recupere toda a sua vitalidade...e velhos são os trapos, nada de lamentos...tá?
um adraço e obrigado pela sua visita.

J/severino
severino a 18 de Outubro de 2010 às 13:56

Andar por aqui de madrugada não é novidade. São as consequências de durante muitos anos ter trabalhado até à meia noite.
Habituei-me ao silêncio, quase diria ao segredo, da noite e sinto-me bem. Já por várias vezes tentei quebrar este ciclo mas não consigo deitar-me muito mais cedo do que as 3 ou 4 da manhã. E isto já valeu a algumas pessoas amigas que, sabendo deste meu deitar tardio, me ligaram em momentos dificeis para elas.
Quanto às plantas ainda é cedo. Roseiras só para o fim do ano e as hortenses ainda ostentam umas flores grandes, meio verdes meio roxas. Só quando elas secarem é que costumo cortá-las.
Que bem sabê-lo activo . Há pessoas que quando se aposentam deixam-se ficar a um canto e assustam-me. Como estou à espera a todo o momento que chegue o meu aviso de aposentada, já estou a programar o que vou fazer de seguida. Já pensei num monte de coisas que quero fazer a parece-me que a dificuldade vai ser escolher.
Um abraço.
rodrigando a 19 de Outubro de 2010 às 19:59

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