De noite a dormir, num leito de saudade
Num pesadelo, durante a madrugada
Vi um "Anjo", a provocar uma tempestade
Numa ameaça à paz, na minha Jangada
Nessa visão, com um ar enfurecido
Como se eu fosse vento frio e gelado
Numa acusação, que não fazia sentido
Acordei ao som de triste e mudo fado
Não vou insistir, neste pesadelo
Vou sempre viver na minha fantasia
Desse "Anjo",(diabo) não quero nem vê-lo
Porque esse seu Norte, gela a minha Ria
Pareceu-me ver na áurea em seu redor,
Uma neblina, côr de rosa apaixonada
Foi por puro engano da noite sombria
Porque já desperto, não vi sombra de amor
Vai no seu rumo, na luta do tudo ou nada
De "Anjo" arvorado no Rei da rebeldia